quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Luciana Genro – Socialismo sim!

“Há pessoas que não conseguem ver, nos outros, nada além dos vícios que carregam em si mesmos.” Leonel de Moura Brizola

Nestas eleições, existe uma candidata a presidente que defende o socialismo. O nome dela é Luciana Genro. Ela não tem muita atenção da mídia. Os magnatas da imprensa só acompanham os candidatos principais. E quem diz quem são os candidatos principais? A própria mídia, por critérios obscuros e questionáveis. A mídia escolhe os principais, a mídia escolhe os seus príncipes e os divulga exaustivamente, de modo que as pessoas acreditem firmemente que só os príncipes escolhidos pela mídia podem vencer as eleições.

Mas existe uma candidata que está fora deste principado midiático e que está chamando muita atenção nas redes sociais, por suas ideias firmes e coerentes, comprometidas com a transformação do Brasil. É a Luciana Genro, candidata do partido socialismo e liberdade. Uma mulher de luta, que esteve nas jornadas de junho, levou spray de pimenta na cara, como muitos de nós, e continuou lutando. Pois a nossa vida é feita de luta e só a luta muda a vida.

Mas ela tem sido criticada também por ser socialista. Então vamos falar um pouco sobre isso.

O que é o socialismo afinal?

O socialismo é a ideia de que todas as pessoas podem ser amadas e respeitadas pelo que elas são e não pelos bens que possuem. O socialismo é a flor que nasce no asfalto, enfrentando a rigidez dos costumes e o conservadorismo político e combatendo, antes de tudo, a ganância dos capitalistas.
Mas o socialismo não é uma ideia abstrata. Ele se materializa a partir das lutas concretas do povo por dignidade e direitos. Por exemplo, os garis do Rio de Janeiro eram oprimidos com salários baixíssimos e uma jornada massacrante de trabalho. Eles resolveram fazer uma greve para exigir, dos seus patrões e do governo, um reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Nós, socialistas, apoiamos firmemente a luta dos garis.

Outro exemplo: quando os patrões queriam aumentar o preços das passagens de ônibus, em junho do ano passado, o povo saiu às ruas para rechaçar o aumento e defender o transporte coletivo como um direito de todos, a ser prestado de forma pública, gratuita e de qualidade. Os socialistas marcharam lado a lado com os manifestantes.

Outros exemplos: as mulheres que são vítimas de violência doméstica, os negros que são vítimas de racismo, a população LGBT que é vítima de homofobia, os indígenas que são expulsos de suas terras, os animais que são vítimas de inúmeros mal-tratos. Todos eles podem contar com o apoio dos socialistas. Pois o socialismo é a ideia generosa da emancipação humana e do combate a todas as formas de preconceito.

Foi lançado um vídeo em que alguns jovens capitalistas criticam uma das propostas de Luciana Genro: o imposto sobre grandes fortunas. Eles afirmam que isso geraria uma fuga de capitais do país. Então vejamos, países europeus, como França e Suécia, já possuem esse imposto. É fato que algumas pessoas, por ganância ou por ignorar os objetivos desta política, tentam enviar o dinheiro para o exterior, onde há menos impostos. Foi o que fez o ator francês Gérard Depardieu. Ele não percebe o mal que está fazendo para o seu país. Se ele trabalhou e ganhou o seu dinheiro no cinema francês, que é incentivado pelo governo francês, é evidente que, por responsabilidade social e política, deve pagar os impostos ao governo Francês, devolvendo à sociedade aquilo que ela investiu na promoção do cinema francês.

É importante lembrar que um erro não justifica o outro. Se Gérard Depardieu ignorou os esforços do governo francês para incentivar a cultura e o cinema e decidiu tirar o seu dinheiro da França, isso não significa que o imposto sobre as grandes fortunas deva ser retirado. É preciso que ele esteja aliado a uma política de controle de capitais, para evitar essa fuga. Ao mesmo tempo, é necessário um amplo processo de conscientização do povo sobre as políticas governamentais, para que elas hajam pensando no interesse público e não somente nos seus interesses pessoais. É assim que pensa o PSOL e a Luciana Genro.

Se você quer apenas especular no mercado de ações, enriquecendo às custas do trabalho dos outros, o PSOL não é o partido pra você.

Se você é um ricaço que pretende sair do Brasil caso Luciana aumente os impostos sobre sua fortuna, então o PSOL não é o partido pra você.

Se você acredita que todo mundo é movido exclusivamente por interesses mesquinhos e egoístas, o PSOL não é o partido pra você.

Se você quer uma legenda de aluguel, para fazer o jogo sujo da política, o PSOL não é o partido pra você.

Se você acha que os gays são cidadãos de segunda categoria, que eles só podem fazer uma união de bens e que o casamente é privilégio dos heterossexuais, então PSOL não é o partido pra você.
Mas se você acha que é possível, com a força extraordinária das nossas ideias, combater o capitalismo, o machismo, o racismo, a homofobia e todas as formas de discriminação, então seja bem vindo. O PSOL é o seu partido e a Luciana é a sua candidata.
Se você acredita que é possível construir um novo mundo socialista, com paz, fraternidade, trabalho, dedicação e amor, então seja bem vindo. O PSOL  é o seu partido e a Luciana é a sua candidata.

Pedimos o seu voto não somente para a Luciana presidente, mas para que você dê um voto de confiança no PSOL. Que vote PSOL de cabo a rabo nestas eleições. São cinco votos, nesta ordem: deputado estadual ou distrital, deputado federal, senador, governador e presidente. Vote na legenda 50 para deputado estadual, distrital e federal. Depois vote 500 para senador e também 50 para governador e presidente. O PSOL é o partido com mais candidatos a governador no Brasil: 26. Isso porque ele procura se consolidar como uma alternativa de esquerda no país, em todos os âmbitos de governo. Para votar na legenda, basta digitar 50 e deixe os outros números vagos. Você estará votando na legenda PSOL para ocupar os cargos do legislativo, defendo projetos e propostas condizentes com as ideias apresentadas aqui. Precisamos eleger uma boa bancada de deputados federais, estaduais e distritais, para termos voz e força para combater todos os felicianos e bolsonaros que aparecerem.

Não existe salvadora da pátria. Não adianta apenas votar e esperar que os eleitos trabalhem por nós. Nós somos as pessoas por quem nós estávamos esperando. Sejamos também nós a mudança que queremos ver no mundo.

O PSOL é um partido que existe para muito além das eleições, defendendo a luta social dos trabalhadores do campo e da cidade, dos indígenas, quilombolas e todos os segmentos que sofrem com a exploração capitalista.


Venha conhecer o PSOL. O partido do socialismo e da liberdade.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

As três formas de encarar os desejos

Há basicamente três maneiras de lidar com os desejos: sufocá-los, saciá-los ou sublimá-los. Vamos definir o conceito de desejo e depois falar sobre cada um destes métodos. Desejo é vontade de sentir prazer. Prazer é tudo aquilo que pode ser obtido por meio da excitação dos sentidos.


Sufocar é a tentativa de negação do desejo. Esse sentimento pode ser oriundo de diversos fatores: medo, repulsa, vergonha, pena. Pode também estar relacionado à sensação de incompatibilidade dos desejos com os princípios éticos e compromissos assumidos anteriormente. Uma pessoa em casamento fechado, por exemplo, pode sentir o desejo de se relacionar com uma terceira. No entanto, em função do compromisso assumido com seu cônjuge, decide sufocar o desejo.
Outra maneira de lidar com os desejos é buscando saciá-los. É quando, por exemplo, uma pessoa sente vontade de viajar e viaja, sente vontade de comer torresmo e come, sente vontade de beber cerveja e bebe, sente vontade de transar e transa, sente vontade de se lambuzar e se lambuza. É preciso lembrar, contudo, que os desejos nunca são completamente saciados, pois os prazeres carnais são temporários, passageiros, efêmeros. Os prazeres da carne nos escapam pelo vão dos dedos.
Alguns desejos podem ser saciados sem ofender a princípios éticos, outros não. A alimentação e o sexo, por exemplo, são prazeres que podem ser vivenciados sem ofender a ética, ou seja, sem prejudicar a si, as outras pessoas e o meio ambiente. Mas isso depende do que se come, como se obtém o alimento, com quem se transa e como se recrutou o parceir@ sexual.
Sublimar os desejos é remetê-los a Deus. Da mesma maneira que sublimar a dor é endereçá-la a Deus. Os espíritos mais evoluídos, que estão mais próximos de Deus, conseguem sublimar seus desejos e dores. Basta compreender que as vicissitudes desta existência material são temporárias. Se o desejo sexual vai acabar após o sexo, qual a diferença entre saciá-lo ou não? Existe algum objetivo na prática sexual para além do próprio prazer carnal? A procriação; a troca de energias. Existe algum objetivo em se alimentar? A aquisição de nutrientes essenciais à manutenção da vida. Qual o objetivo de determinado ato, para além do prazer temporário que ele gera? Essa pergunta deve ser feita por qualquer pessoa que almeja o progresso espiritual.

Sublimar os desejos é tarefa difícil para nós, espíritos em fase inicial ou intermediária de evolução. No mundo moderno, os cinco sentidos são estimulados a todo o momento. A indústria do marketing investe bilhões e bilhões de dólares em propaganda para convencer as pessoas a comprar mais e mais. Para isso, ela cria desejos que, na verdade, não temos. Trata-se de uma lógica muito perversa, na qual as pessoas são estimuladas a consumir mercadorias para saciar os seus desejos. E a indústria do marketing está sempre criando novos produtos e novos desejos, para que as pessoas continuem comprando e os capitalistas continuem lucrando. Onde isso vai parar? Ou os recursos naturais vão se esgotar ou as pessoas vão despertar para a necessidade de preservá-los e respeitá-los. Esperamos que a segunda hipótese prevaleça. Mas isso depende de uma mudança de paradigma e de mentalidade. É preciso aprender a contemplar a natureza sem querer apossar-se dela. É preciso vivenciar esta experiência de encarnação no mundo material sem perder a noção de que ela é temporária. É preciso despertar para o fato de que o corpo morre, mas o espírito permanece, que ele segue a sua jornada no caminho da fraternidade, da harmonia e do amor.